quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Questões sobre Mito e Filosofia

Questões sobre Mito e Filosofia

Mito da Caverna

1-UDESC) O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.
I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o do
conhecimento do verdadeiro ser.
II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento.
III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros.
IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas.
Assinale a alternativa correta.
a)Somente as afirmativas II e III são corretas.
b) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

2-"A caverna (...) é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do Bem e das ideias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis, que tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras, criadas por artefatos fabricadores de ilusões. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões. O instrumento que quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os outros a sair dela é o diálogo filosófico, e as maneiras desajeitadas e insólitas do filósofo são compreensíveis, pois quem contemplou a unidade da verdade já não sabe lidar habilmente com a multiplicidade das opiniões nem mover-se com engenho no interior das aparências e ilusões. Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma para libertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação e de iluminação. A Paideia filosófica é uma conversão da alma voltando-se do sensível para o inteligível. Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina a ver, orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si mesma a capacidade para ver." [Marilena Chauí] 
De acordo com o texto, pode-se afirmar que:

a) O conhecimento filosófico é o único que pressupõe o acesso ao mundo sensível. 

b) Filosofar é um instrumento de alienação para quem sai da caverna.

c) O filósofo, por sua busca, tem uma visão mais abrangente do conhecimento. 

d) A unidade da verdade não permite divagações metafísicas. 

e)N.d.a

3-Ainda sobre o texto, pode-se afirmar que: 

a) O processo de esclarecimento por meio da filosofia pressupõe a iluminação das coisas sensíveis pelos fabricadores de ilusões. 

b) A Paidéia filosófica é um processo de dissolução de preconceitos e de ideias ligadas ao senso comum. 

c) A alegoria da caverna não se adequa às realidades contemporâneas. 

d) Convidar as pessoas para saírem da caverna é um contrassenso, pois somente o filósofo pode sair da caverna.

e)N.d.a

4-O mito é a forma mais remota de crença, narrativas sobre a origem do mundo, dos homens e das coisas da natureza. Sobre o mito, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Procura explicar de forma narrativa e simbólica, uma realidade "misteriosa" para o homem. 

B) O mito está impregnado do desejo humano de afugentar a insegurança, os temores e a angustia diante do desconhecido.

C) O mito formava para os gregos um sistema fácil, onde os fenômenos naturais ocorrem de forma objetiva. 

D) Explica a realidade, como também acomoda e tranquiliza o ser humano em seu mundo assustador. 

E) O mito grego "As moiras", eram as divindades irmãs que regulavam a duração da vida dos seres humanos desde o nascimento até a morte.

5-(UEM 2008) “Sócrates: Imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes estão lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar para trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (...) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna?”. (PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).

Em relação ao célebre mito da caverna e às doutrinas que ele representa, assinale a alternativa falsa.
a) No mito da caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando como eram a vida e a organização social dos homens no princípio de seu processo evolutivo, quando habitavam em cavernas.
b) O mito da caverna faz referência ao contraste ser e parecer, isto é, realidade e aparência, que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua famosa teoria das Idéias.
c) O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o indivíduo das sombras da ignorância e dos preconceitos.
d) É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas Idéias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que participam daquelas Idéias ou são suas cópias imperfeitas.
e) No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna, devendo voltar à caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.

6-(Ifsp 2011) Comparando-se mito e filosofia, é correto afirmar o seguinte: 
a) A autoridade do mito depende da confiança inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da filosofia repousa na razão humana, sendo independente da pessoa do filósofo. 
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da explicação de realidades passadas a partir da interação entre forças naturais personalizadas, criando um discurso que se aproxima do da história e se opõe ao da ciência. 
c) Enquanto a função do mito é fornecer uma explicação parcial da realidade, limitando-se ao universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter universal, buscando respostas para as inquietações de todos os homens. 
d) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo processo de conhecimento que culminou com o desenvolvimento do pensamento científico. 
e) A filosofia é a negação do mito, pois não aceita contradições ou fabulações, admitindo apenas explicações que possam ser comprovadas pela observação direta ou pela experiência. 

7-(Uema 2015) Leia a fábula de La Fontaine, uma possível explicação para a expressão ¯ ”o amor é cego”. 



No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois de estudar detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir de guia ao Amor. 

Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2007. 



A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de explicação classifica-se como 

a) estética. 
b) filosófica. 
c) mitológica. 
d) científica. 
e) crítica. 

GABARITO
1-A/2-C/3-B/4-C/5-A/6-A/7-C

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