Questões Moralidade e Ética
1-(ENEM) Trasímaco
estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era
algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas
acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às
regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções
humanas.
RACHELS, J. Problemas da filosofia.
Lisboa: Gradva, 2009.
O sofista Trasímaco, personagem
imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação
entre justiça e ética é resultado de
a) determinações biológicas
impregnadas na natureza humana.
b) verdades objetivas com fundamento
anterior aos interesses sociais.
c) mandamentos divinos
inquestionáveis legados das tradições antigas.
d) convenções sociais resultantes de
interesses humanos contingentes.
e) sentimentos experimentados diante
de determinadas atitudes humanas.
2-(ENEM 2011) O brasileiro tem noção clara dos comportamentos éticos e morais adequados, mas vive sob o espectro da corrupção, revela pesquisa. Se o país fosse resultado dos padrões morais que as pessoas dizem aprovar, pareceria mais com a Escandinávia do que com Bruzundanga (corrompida nação fictícia de Lima Barreto).
O distanciamento entre “reconhecer” e “cumprir” efetivamente o que é moral constitui uma ambiguidade inerente ao humano, porque as normas morais são
a) decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, utópicas.
b) parâmetros idealizados, cujo cumprimento é destituído de obrigação.
c) amplas e vão além da capacidade de o indivíduo conseguir cumpri-las integralmente.
d) criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei à qual deve se submeter
e) cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a observar as normas jurídicas.
3-O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
a) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si.
b) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais.
c) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
d) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
e) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros
4-(ENEM2018) “A Declaração Universal dos Direitos Humanos está completando 70 anos em tempos de desafios crescentes, quando o ódio, a discriminação e a violência permanecem vivos”, disse a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Audrey Azoulay.
“Ao final da Segunda Guerra Mundial, a humanidade inteira resolveu promover a dignidade humana em todos os lugares e para sempre. Nesse espírito, as Nações Unidas adotaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um padrão comum de conquistas para todos os povos e todas as nações”, disse Audrey.
“Centenas de milhões de mulheres e homens são destituídos e privados de condições básicas de subsistência e de oportunidades. Movimentos populacionais forçados geram violações aos direitos em uma escala sem precedentes. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás - e os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso.”
Segundo ela, esse processo precisa começar o quanto antes nas carteiras das escolas. Diante disso, a Unesco lidera a educação em direitos humanos para assegurar que todas as meninas e meninos saibam seus direitos e os direitos dos outros.
Disponível em: https://nacoesunidas.org. Acesso em: 3 abr. 2018 (adaptado).
Defendendo a ideia de que “os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso”, a diretora-geral da Unesco aponta, como estratégia para atingir esse fim, a
a) inclusão de todos na Agenda 2030.
b) extinção da intolerância entre os indivíduos.
c) discussão desse tema desde a educação básica.
d) conquista de direitos para todos os povos e nações.
e) promoção da dignidade humana em todos os lugares.
5-(ENEM-2018)
Dia 20/10
É preciso não beber mais. Não é preciso sentir vontade de beber e não beber: é preciso não sentir vontade de beber. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso fechar para balanço e reabrir. É preciso não dar de comer aos urubus. Nem esperanças aos urubus. É preciso sacudir a poeira. É preciso poder beber sem se oferecer em holocausto. É preciso. É preciso não morrer por enquanto. É preciso sobreviver para verificar. Não pensar mais na solidão de Rogério, e deixá-lo. É preciso não dar de comer aos urubus. É preciso enquanto é tempo não morrer na via pública.
TORQUATO NETO. In: MENDONÇA, J. (Org.) Poesia (1m)popular brasileira. São Bernardo do Campo: Lamparina Luminosa, 2012.
O processo de construção do texto formata uma mensagem por ele dimensionada, uma vez que e configura o estreitamento da linguagem poética.
A)reflete as lacunas da lucidez em desconstrução.
B)projeta a persistência das emoções reprimidas.
C)projeta a persistência das emoções reprimidas.
D)revela a fragmentação das relações humanas.
E)configura o estreitamento da linguagem poética.
6-
Violência simbólica é um conceito social elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, o qual aborda uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, causando danos morais e psicológicos. É uma forma de
coação que se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada, seja esta
econômica, social, cultural, institucional ou simbólica.
A violência simbólica se funda na fabricação contínua de
crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se posicionar
no espaço social seguindo critérios e padrões do discurso dominante. Devido a
esse conhecimento do discurso dominante, a violência simbólica é manifestação
desse conhecimento através do reconhecimento da legitimidade desse discurso dominante.
Para Bourdieu, a violência simbólica é o meio de exercício do poder simbólico.
Podemos perceber a violência simbólica por exemplo na
educação familiar de muitas crianças brasileiras. O paroxismo da violência ou a
manifestação máxima é quando a vítima defende os valores do agressor, quando a
vítima é responsável pela perpetuação ou submissão da condição de violência.
Dessa maneira, o paradigma da criança no
âmbito familiar em relações a prática agressiva dos pais com as mães, como a
intolerância religiosa, gênero ou racial é uma poderosa problematização que é
enraizada e fixa-se na formação do cidadão do futuro.
Conforme Bourdier a violência simbólica interfere na:a) Moral de toda sociedade
b) Ética apenas de crianças
c) Moral de forma passiva e vegetativa
d) Ética social
e) Moral individua de todo inteiro
GABARITO
1-D 2-D 3-B 4-C 5-C 6-D
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